Rick’s Cinema : critique de 9 Doigts

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« É preciso uma autoridade! Algo que mande no Tempo, senão o tempo estende-se! Nós é que temos de nos impor a ele! » comenta Ferrante (Pascal Greggory) num estado visivelmente alterado quer pelos revezes de uma viagem que adensa a paranóia, quer pelo álcool que consumiu em excesso. Se este gangster anseia por algo que controle o tempo, já F. J. Ossang demonstra ser exímio nesta tarefa. Hábil a transmitir a rapidez e a intensidade com que os personagens sentem tudo o que ocorre no primeiro acto de « 9 Doigts », o realizador é igualmente competente a explanar a lentidão com que as figuras que percorrem o enredo vivem os episódios do segundo e terceiro acto. Essa sensação de tempo está indubitavelmente associada ao espaço. Note-se como no segundo e terceiro acto a presença prolongada de uma parte considerável dos personagens no interior de um barco contribui para exponenciar todo um ambiente de imobilidade e incerteza. Fora do veículo marítimo, em particular, no primeiro acto, tudo decorre com mais ritmo, seja pelas perseguições e fugas, ou pelo contacto de Magloire (Paul Hamy), o protagonista, com o gang liderado por Kurtz (Damien Bonnard). Mais do que tomar a iniciativa dos acontecimentos, Magloire depara-se com uma série de eventos que mexem com o seu quotidiano sem rumo, sobretudo a partir do momento em que encontra um indivíduo prestes a falecer.

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